Programa


  • A preparação dos cantores líricos para audições

Projeto Rio de Janeiro – Outubro 2016

 

A temática da preparação para audições é ideal para abordar o trabalho do cantor lírico a partir de diferentes ângulos:

  • A escolha do repertório;
  • A construção do repertório de um ponto de vista musical;
  • A construção do repertório de um ponto de vista cênico;
  • O aspecto psicológico do trabalho do cantor lírico.

 

O cronograma abaixo proposto tem uma configuração para 9 dias de aulas.

Esta configuração permite aos cantores uma abordagem de trabalho seguindo as grandes etapas da criação de uma audição:

  1. O repertório: escolha e construção
  2. A cena e o aspecto psicológico

 

A lotação da turma, idealmente, deve estar acessível de 8 até 10 cantores, no máximo, selecionados através de um registro em vídeo de boa qualidade.

Os cursos podem ser abertos a todos os cantores que desejarem assistir como ouvintes.

 

Os pontos cruciais para se apresentar a uma audição

  • Um instrumento saudável
  • Uma boa técnica vocal
  • Um repertório apropriado ao instrumento e ao físico
  • Um repertório tecnicamente e musicalmente no lugar
  • Uma apresentação cênica perfeita
  • Um Curriculum Vitae bem construído

 

Construção da masterclass

 

Dia 1

Avaliação inicial dos candidatos

Audição fictícia acompanhada de piano e com júri.

  • Trata-se de colocar os cantores que tenham sido selecionados previamente em situação de audição. Esta escolha não é questionada na audição, que é uma sessão de trabalho.
  • 15 minutos de audição por participante
  • 1 lista de 5 árias
  • 1a ária de livre escolha e duas árias escolhidas pelo júri na lista.

(Utilização de vídeo como forma de feedback – esse vídeo será utilizado no momento da análise)

Será um prazer propor aos Srs. João Guilherme Ripper, André Cardoso e Eduardo Alvarez para que participem no júri da audição e de intervir na palestra.

  • Palestra:   A preparação para audições
  • Como se apresentar a uma audição?
  • Qual repertório?
  • Por que fazer uma audição?
  • Como um agente artístico avalia um artista lírico durante uma audição?
  • Como ele decide cuidar de um artista lírico?
  • Quais serão os meios utilizados para fazê-lo trabalhar?
  • Como funciona o mercado do canto lírico?

Esta palestra pode ser aberta a todos que desejarem assistir.

 

Dia 2

  • O funcionamento do instrumento vocal e a sua manutenção
  • Os fundamentos da técnica vocal (Palestra aberta ao público)
  • Análise da audição da véspera e propostas de métodos de trabalho
  • Análise da audição de cada participante.
  • O repertório proposto era adequado? Ele é coerente?
  • A apresentação corresponde ao que o meio professional espera de um cantor lírico?
  • O Curriculum Vitae está adequado?
  • As fotos propostas são representativas do artista?
  • Trabalho individual no CV, carta de motivação.
  • Construção de uma estratégia de audição com cada um dos participantes: com qual repertório? Porque? Em qual momento?

(Utilização de registro videográfico da audição a fim de permitir uma análise com cada candidato).

 

Dias 3, 4, 5

  • Trabalho sobre o repertório com o professor de técnica vocal e o diretor vocal (esse trabalho continuará nos próximos dias também)
  • A escolha do repertório 
  • Será realizada com os participantes ao longo da primeira semana de trabalho para que se dediquem ao longo da segunda semana.
  • Será definido após ter sido esclarecida a tessitura e os meios atuais do cantor nas sessões de técnica vocal.
  • É sempre mais sensato cantar uma ária mais simples do que reforçar seus defeitos em um ária mais difícil.
  • Escolher cantar as árias que destacam as qualidades do cantor e não seus defeitos.
  • Se o jovem cantor ainda tem dificuldade em uma ária (agudo, grave, suspenção da respiração ), então não deve cantá-la em audição.
  • Será adaptado a tessitura, à personalidade e ao físico.
  • O cantor deve ser capaz de cantar suas árias de audição em situação de grande estresse.
  • Deve ser capaz de cantar o papel correspondente à aria que apresentou, agora ou no futuro próximo.
  • O cantor deve dominar corretamente a pronunciação da ária apresentada e ter conhecimento da língua, permitindo-lhe uma boa compreensão do papel e de seus desafios.

 

  • Uma melhor compreensão das expectativas dos jurados 
  • Uma melhor compreensão da audição a qual o artista é convidado (Exemplo: Se tratando de uma audição para um papel de uma ópera de Mozart, propor uma ária do papel e não uma ária extraída de uma ópera de Puccini).
  • A escolha do repertório deve ser coerente e corresponder à categoria vocal. As pessoas que fazem uma audição precisam ser O artista deve mostrá-las que é um profissional e que sabe seu lugar.
  • Para uma audição geral o artista deve propor uma variedade de línguas, de estilos, de tempo.
  • Uma seleção de 3 a 5 árias de audição representativas do artista deve ser suficiente. Não 15 árias pela metade.

 

  • Trabalho com o diretor de canto

    Em paralelo aos cursos de repertório, os cantores continuam seus trabalhos com o diretor de canto.

 

  • Masterclass pública de interpretação

 

Dias 6, 7 e 8 

  • Trabalho cênico e abordagem psicológica da audição
  • Trabalho corporal aproximado ao trabalho do ator.
  • Trabalho sobre o texto e o significado.
  • Aplicação especial do repertório trabalhado ao longo das semanas anteriores.
  • Apresentação pessoal.
  • Abordagem psicológica da audição (treinamento psicológico).
  • Gestão do estresse, gestão do medo de falar em publico.

 

  • Concerto público no último dia do curso  

Ficha Técnica 

  • Um pianista que acompanhará meu curso durante todo o período
  • Uma sala suficientemente grande para acolher o publico quando houver palestras e masterclasses abertas ao público. Equipada com um piano ( piano de cauda, meia cauda ou ¼ de cauda)
  • Um vídeo projetor para as palestras e revisão da audição fictícia.
  • Possibilidade de gravação de áudio e vídeo da apresentação pública de final de curso para que os cantores tenham material para enviar aos agentes e diretores de casting.